Mitos e Verdades sobre Resinas Epóxi

Desvendando as Dúvidas Mais Comuns no Setor de Rochas Ornamentais – Um Guia Técnico e Químico

A resina epóxi se consolidou como uma ferramenta essencial no setor de rochas ornamentais, proporcionando soluções multifacetadas para reparo, proteção e aprimoramento estético. Contudo, como em qualquer tecnologia, ela também é acompanhada por mitos e incertezas. Neste artigo, vamos desmistificar algumas crenças comuns e apresentar informações precisas sobre o uso de resinas epóxi em rochas ornamentais, aprofundando os aspectos técnicos e químicos para um entendimento mais completo.

Desvendando o Mito 1: A resina epóxi é tóxica e perigosa

A Verdade sobre a Toxicidade da Resina Epóxi

É crucial entender que a segurança no manuseio da resina epóxi reside em um equilíbrio delicado entre sua natureza química e as práticas de utilização.

Verdade 1: A resina epóxi curada é inerte e segura.

Após a cura completa, a resina epóxi se transforma em um polímero estável e quimicamente inerte, o que significa que não libera substâncias nocivas ao ambiente ou à saúde humana em condições normais de uso. É por isso que a resina epóxi curada é amplamente utilizada em aplicações que entram em contato direto com alimentos, como bancadas de cozinha e revestimentos de pisos.

Verdade 2: O perigo reside na fase de manipulação.

O risco de toxicidade está concentrado principalmente na fase de mistura e aplicação da resina, quando os componentes ainda não reagiram completamente. Durante esse processo, é fundamental tomar precauções para evitar o contato direto com a pele e a inalação de vapores.

Os principais componentes que exigem atenção são:

  • Epicloridrina: Presente em algumas resinas epóxi, a epicloridrina é um composto orgânico volátil que pode causar irritação cutânea, ocular e respiratória, além de ser potencialmente carcinogênico.
  • Aminas: Utilizadas como endurecedores, as aminas podem causar irritação cutânea, ocular e respiratória, além de sensibilização alérgica em algumas pessoas.

Medidas de segurança essenciais:

  • Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Utilize luvas de nitrila, máscara com filtro para vapores orgânicos, óculos de segurança e roupas de proteção durante o manuseio da resina epóxi.
  • Ventilação adequada: Trabalhe em áreas bem ventiladas ou utilize um sistema de exaustão para remover os vapores da resina.
  • Higiene: Lave bem as mãos e as áreas expostas após o manuseio da resina. Evite comer, beber ou fumar durante o processo.
  • Armazenamento seguro: Mantenha a resina e o endurecedor em suas embalagens originais, bem fechadas e em local fresco e seco.
  • Descarte responsável: Descarte os resíduos de resina e materiais contaminados de acordo com as regulamentações locais.

Em caso de contato acidental:

  • Contato com a pele: Lave imediatamente com água e sabão em abundância.
  • Contato com os olhos: Lave com água corrente por pelo menos 15 minutos e procure atendimento médico.
  • Inalação: Remova a pessoa para um local com ar fresco e procure atendimento médico se os sintomas persistirem.
  • Ingestão: Não induza o vômito e procure atendimento médico imediatamente.

Desvendando o Mito 2: Todas as resinas epóxi são iguais

A Diversidade das Resinas Epóxi: Escolhendo a Solução Ideal para cada Aplicação em Rochas Ornamentais

A afirmação de que todas as resinas epóxi são iguais é um equívoco comum que pode levar a escolhas inadequadas e resultados insatisfatórios. Na realidade, existe uma ampla variedade de resinas epóxi, cada uma com características e propriedades específicas, formuladas para atender a diferentes necessidades e aplicações.

Fatores que influenciam a escolha da resina epóxi:

  • Tipo de rocha:
    • Mármore: Requer resinas com baixa viscosidade para penetração profunda nos poros e excelente adesão, além de maior poder de ancoragem devido sua composição calcitica ou dolomitica.
    • Granitos e quartzitos: Demandam resinas com alta resistência mecânica e química para ter uma melhor colagem, principalmente nos quartzitos que atualmente muitos recebem tratamentos e blindagem ainda brutos.
    • Materiais translúcidos (cristais, ônix): Necessitam de resinas com alta transparência e capacidade de realçar a beleza natural da pedra com resistencia a amarelamento.
  • Propriedades da resina:
    • Viscosidade: Influencia a fluidez e a capacidade de penetração da resina. Resinas de baixa viscosidade são ideais para preenchimento de poros e fissuras finas, enquanto resinas de alta viscosidade são mais adequadas para aplicações superficiais onde não deseja que altere a cor natural da rocha.
    • Tempo de trabalho: Refere-se ao período em que a resina permanece líquida e trabalhável após a mistura com o endurecedor. Resinas com tempo de trabalho curto são indicadas para aplicações rápidas, enquanto resinas com tempo de trabalho longo permitem maior flexibilidade e ajustes durante a estruturação.
    • Resistência mecânica e química: Garantem a durabilidade e resistência em ambientes externos.

A importância da escolha correta:

A seleção da resina epóxi adequada é fundamental para garantir o sucesso do tratamento em rochas ornamentais. Uma escolha inadequada pode resultar em problemas como:

  • Baixa adesão: A resina pode descolar da tela ou manta, comprometendo a estruturação de toda a chapa.
  • Amarelamento: A resina pode perder a transparência e amarelar com o tempo, afetando a aparência da pedra.
  • Baixa resistência: A resina pode apresentar fissuras, rachaduras ou estufamento prematuro.

Desvendando o Mito 3: A resina epóxi não amarela

A Realidade do Amarelamento da Resina Epóxi: Fatores, Prevenção e Soluções

A crença de que a resina epóxi é imune ao amarelamento é um mito que pode levar a decepções, especialmente em aplicações expostas à luz solar ou em ambientes com alta incidência de raios UV.

Fatores que contribuem para o amarelamento:

  • Degradação fotoquímica: A radiação UV, presente na luz solar e em algumas fontes de luz artificial, pode desencadear reações químicas na estrutura da resina epóxi, levando à formação de cromóforos (grupos químicos que absorvem luz e conferem cor). Esse processo é mais intenso em resinas de baixa qualidade ou sem aditivos estabilizantes.
  • Oxidação: A exposição ao oxigênio do ar, especialmente em altas temperaturas ou na presença de umidade, pode causar a oxidação de grupos funcionais na resina, como aminas e éteres, também contribuindo para o amarelamento.

Prevenção e soluções:

  • Escolha de resinas de alta performance: Opte por resinas epóxi formuladas com aditivos anti-UV e antioxidantes, que oferecem maior resistência ao amarelamento e mantêm a transparência e a cor original por períodos mais longos.
  • Controle da temperatura: Evite a exposição da resina epóxi a temperaturas elevadas, que podem acelerar o processo de oxidação e o amarelamento.

Desvendando o Mito 4: A resina epóxi é fácil de aplicar

A Aplicação da Resina Epóxi: Domínio da Técnica para Resultados Profissionais em Rochas Ornamentais

A crença de que a aplicação da resina epóxi é um processo simples e descomplicado pode levar a frustrações e resultados aquém do esperado. Na realidade, alcançar um acabamento impecável e duradouro requer atenção meticulosa aos detalhes, conhecimento técnico e experiência prática.

Fatores que influenciam a aplicação da resina epóxi:

  • Preparação da superfície: A superfície da rocha deve estar limpa, seca e livre de gordura, ácido ou outros contaminantes que possam comprometer a adesão da resina.
  • Proporção da mistura: A resina epóxi é composta por dois componentes: a resina base e o endurecedor. A proporção correta da mistura, geralmente especificada pelo fabricante, é crucial para garantir a cura completa e as propriedades desejadas do material. Desvios na proporção podem resultar em uma resina pegajosa, quebradiça ou com baixa resistência.
  • Controle da temperatura: A temperatura ambiente e da superfície da rocha influencia a viscosidade da resina, o tempo de trabalho e a velocidade de cura. Temperaturas baixas podem dificultar o nivelamento e a aplicação da resina, enquanto temperaturas elevadas podem acelerar a cura, reduzindo o tempo de trabalho e aumentando o risco de formação de bolhas.
  • Técnica de aplicação: A escolha da técnica de aplicação depende da finalidade do tratamento, do tipo de resina e da superfície da rocha. As técnicas mais comuns incluem:
    • Desempenadeira: Indicado para aplicações em superfícies com muitas trincas e fissuras.
    • Rolo de lã ou de tecnil: Adequado para aplicação em superfícies lisas com poucas trincas e fissuras

A importância do treinamento e da experiência:

A aplicação da resina epóxi requer habilidades específicas e conhecimento técnico para lidar com as diferentes variáveis do processo. O treinamento e a experiência prática são fundamentais para:

  • Dominar as técnicas de aplicação: Conhecer as diferentes ferramentas e técnicas, bem como suas aplicações específicas, permite alcançar resultados precisos e uniformes.
  • Prevenir e corrigir problemas: Identificar e solucionar problemas comuns, como formação de bolhas, escorrimento da resina, cura incompleta ou amarelamento, exige conhecimento e prática.
  • Otimizar o processo: A experiência permite aprimorar a eficiência e a produtividade, reduzindo o tempo de aplicação e o desperdício de material.

Desvendando o Mito 5: A resina epóxi é uma solução definitiva para todos os problemas

A Resina Epóxi e suas Limitações: Uma Abordagem Realista para o Tratamento de Rochas Ornamentais

A crença de que a resina epóxi é uma cura para todos os problemas relacionados a rochas ornamentais é um equívoco que pode levar a expectativas irreais e frustrações. Embora a resina epóxi seja uma ferramenta versátil e eficaz em diversas aplicações, é importante reconhecer suas limitações e utilizá-la de forma consciente e realista.

Aplicações eficazes da resina epóxi em rochas ornamentais:

  • Reparo de fissuras e trincas: A resina epóxi, com sua excelente capacidade de adesão e resistência mecânica, é ideal para preencher e reparar fissuras e trincas em rochas ornamentais, restaurando sua integridade e estética.
  • Realce da beleza natural: A resina epóxi pode ser utilizada para realçar a cor, o brilho e a textura da rocha, proporcionando um acabamento estético impecável e duradouro.

Limitações da resina epóxi:

  • Problemas estruturais: A resina epóxi não é capaz de solucionar problemas estruturais graves como descolamento ou instabilidade do substrato. Nesses casos, intervenções mais complexas, como reforço estrutural utilizando tela ou manta seja necessário.
  • Problemas de efeito molhado em trincas: A resina epóxi não resolve os problemas de absorção irregular pelas fissuras e trincas. Resinas aceleradas com essa característica enfrentam dificuldades de penetração antes do início do processo de gelificação. Nesse cenário, o uso de blindagem em chapas tem se mostrado, até o momento, a solução mais eficaz.
  • Polimento: Embora a resina epóxi atinja uma elevada dureza, ela não possui as mesmas características de uma rocha natural para obter um aspecto brilhante ou espelhado após o polimento.
  • Estabilidade em relação ao Amarelamento: Mesmo com o uso de filtros UV, agentes estabilizadores ou inibidores, a resina epóxi inevitavelmente desenvolverá uma tonalidade amarelada com o tempo.

Desvendando o Mito 6: Se colocar mais endurecedor a resina seca mais rápido

A Proporção Ideal: A Chave para uma Cura Eficaz da Resina Epóxi

A crença de que adicionar mais endurecedor acelera a cura da resina epóxi é um erro comum que pode comprometer seriamente a qualidade e a durabilidade do resultado final. A proporção resina/endurecedor, cuidadosamente definida pelo fabricante, é o pilar fundamental para uma reação química equilibrada e completa, garantindo as propriedades desejadas do material.

O que acontece quando se adiciona endurecedor em excesso:

  • Cura incompleta: O excesso de endurecedor pode levar à formação de ligações cruzadas desordenadas e incompletas na estrutura do polímero, resultando em uma resina com baixa resistência mecânica, flexibilidade reduzida e maior suscetibilidade à degradação química e ambiental.
  • Fragilidade e envelhecimento precoce: A resina curada com excesso de endurecedor tende a ser mais frágil e quebradiça, além de apresentar maior tendência ao amarelamento e ao envelhecimento precoce, comprometendo a estética e a durabilidade da aplicação.

A importância de seguir a proporção recomendada:

  • Cura completa e uniforme: A proporção correta de resina/endurecedor garante que todas as moléculas da resina reajam com o endurecedor, formando uma rede polimérica densa, homogênea e com as propriedades mecânicas, químicas e térmicas ideais.
  • Resistência e durabilidade: A resina curada adequadamente apresenta alta resistência a intempéries, garantindo a longevidade da aplicação em rochas ornamentais.
  • Estética impecável: A cura equilibrada da resina resulta em um acabamento transparente, livre de bolhas e deformações, realçando a beleza natural da pedra.

Dicas para uma mistura precisa:

  • Utilize balanças de precisão: Meça a resina e o endurecedor em peso, seguindo rigorosamente a proporção indicada pelo fabricante.
  • Misture cuidadosamente: Utilize um recipiente limpo e seco e misture os componentes lenta e completamente, raspando as laterais e o fundo do recipiente para garantir a homogeneização da mistura.
  • Observe o tempo de trabalho: O tempo de trabalho da resina é limitado após a mistura com o endurecedor. Planeje a aplicação com antecedência e evite misturar grandes quantidades de resina de uma só vez.

Desvendando o Mito 7: Toda resina pode ser aplicada em chapas frias

A Influência da Temperatura na Aplicação da Resina Epóxi: Garantindo o Nivelamento e a Cura Adequada

A crença de que a resina epóxi pode ser aplicada em qualquer temperatura, inclusive em superfícies frias, é um mito que pode comprometer seriamente o resultado final do tratamento em rochas ornamentais. A temperatura desempenha um papel crucial na viscosidade da resina, na velocidade de reação com o endurecedor e na formação de bolhas, impactando diretamente o nivelamento, a cura e a estética da aplicação.

Efeitos da aplicação em superfícies frias:

  • Aumento da viscosidade: A resina epóxi tende a se tornar mais viscosa em baixas temperaturas, dificultando o nivelamento e o espalhamento uniforme sobre a superfície da rocha. Isso pode resultar em um acabamento irregular dificultando o preenchimento de trincas e fissuras.
  • Formação de bolhas: A baixa temperatura pode reduzir a capacidade da resina de liberar o ar incorporado durante a mistura, favorecendo a formação de bolhas que ficam aprisionadas na camada de resina, comprometendo a transparência e a estética do acabamento.
  • Cura incompleta: A reação química entre a resina e o endurecedor é influenciada pela temperatura. Em temperaturas baixas, a reação ocorre de forma mais lenta, podendo levar à cura incompleta da resina, resultando em uma superfície pegajosa, com baixa resistência mecânica e suscetível à degradação.

A importância de controlar a temperatura:

  • Viscosidade ideal: A temperatura ideal de aplicação varia de acordo com o tipo de resina e as condições ambientais. Consulte as especificações do fabricante para determinar a faixa de temperatura recomendada. Em geral, temperaturas entre 35°C e 40°C são consideradas adequadas para a maioria das resinas epóxi.
  • Nivelamento e acabamento: Temperaturas mais elevadas, dentro da faixa recomendada, reduzem a viscosidade da resina, facilitando o nivelamento e o espalhamento, resultando em um acabamento mais uniforme e livre de imperfeições.
  • Cura completa e eficiente: A temperatura ideal promove uma reação de cura mais rápida e completa, garantindo as propriedades mecânicas, químicas e estéticas desejadas para a resina.

Dicas para controlar a temperatura:

  • Aqueça a resina e o endurecedor: Se a temperatura ambiente estiver baixa, aqueça os componentes da resina em banho-maria ou com uma pistola de ar quente antes da mistura, tomando cuidado para não exceder a temperatura máxima recomendada pelo fabricante.
  • Aqueça a superfície da rocha: Utilize fornos ou um “pela porco” para aquecer a superfície da rocha antes da aplicação da resina, garantindo uma temperatura adequada para o nivelamento e a cura.
  • Controle a temperatura ambiente: Mantenha o ambiente de trabalho em uma temperatura controlada, evitando correntes de ar frio ou exposição direta à luz solar, que podem influenciar a cura da resina.

Desvendando o Mito 8: O endurecedor é que define se o sistema é acelerado ou lento

A Dinâmica da Cura da Resina Epóxi: A Interação entre Resina e Endurecedor

A crença de que o endurecedor é o único responsável pela velocidade de cura da resina epóxi é uma simplificação que pode levar a escolhas equivocadas e resultados indesejados. Na realidade, o tempo de cura é determinado pela interação complexa entre a resina e o endurecedor, ambos com características químicas e propriedades específicas que influenciam a velocidade da reação de polimerização.

Tipos de endurecedores e suas características:

  • Aminas alifáticas: São endurecedores de cura rápida, ideais para aplicações que requerem um tempo de trabalho curto e uma cura inicial rápida. No entanto, podem apresentar menor resistência química e térmica em comparação a outros tipos de endurecedores.
  • Aminas cicloalifáticas: Oferecem um equilíbrio entre velocidade de cura e propriedades mecânicas, sendo adequadas para uma ampla gama de aplicações. Apresentam boa resistência química e térmica, além de menor tendência ao amarelamento.
  • Aminas aromáticas: São endurecedores de cura lenta, ideais para aplicações que exigem um tempo de trabalho prolongado e maior flexibilidade durante a aplicação. Proporcionam excelente resistência química e térmica, mas podem apresentar maior tendência ao amarelamento.

A influência da resina base:

A resina base também desempenha um papel importante na velocidade de cura. Diferentes tipos de resinas epóxi, como as baseadas em bisfenol A, bisfenol F ou outros compostos, apresentam reatividade distinta com os endurecedores, influenciando o tempo de cura e as propriedades finais do material.

A escolha do sistema ideal:

A seleção do sistema resina/endurecedor deve considerar não apenas a velocidade de cura desejada, mas também outros fatores, como:

  • Propriedades mecânicas: Resistência à tração, compressão, flexão e impacto.
  • Resistência química: Resistência a solventes, ácidos, álcalis e outros agentes químicos.
  • Resistência térmica: Capacidade de suportar altas temperaturas sem deformação ou degradação.
  • Transparência e cor: Importante para aplicações estéticas em rochas ornamentais.
  • Viscosidade: Influencia a facilidade de aplicação e o acabamento superficial.

Desvendando o Mito 9: Não Existe Resina para Micro-ondas

A Cura da Resina Epóxi com Micro-ondas no Setor de Rochas Ornamentais: Benefícios e Cuidados

A utilização de fornos de micro-ondas para a cura de resina epóxi em rochas ornamentais tem gerado muitas discussões. Embora esse método ofereça vantagens sobre a cura tradicional, como em temperatura ambiente ou em estufas, é importante destacar que nem toda resina epóxi é adequada para esse tipo de processo.

  • Redução do tempo de cura: O aquecimento por micro-ondas acelera a polimerização da resina, diminuindo o tempo de cura de horas para minutos. Isso resulta em maior produtividade e eficiência no processo.
  • Cura uniforme: A radiação de micro-ondas permite um aquecimento homogêneo em todo o material, garantindo uma cura completa e consistente, sem pontos de calor concentrado que podem prejudicar o resultado.
  • Melhoria das propriedades: A cura por micro-ondas pode aprimorar a resistência mecânica da resina e a adesão à rocha, criando um tratamento mais durável.
  • Equipamento adequado: É essencial utilizar fornos de micro-ondas específicos para a cura de resina epóxi, com controle preciso de potência e tempo de exposição.
  • Resinas compatíveis: Nem todas as resinas epóxi são adequadas para cura por micro-ondas. Consulte o fabricante para verificar a compatibilidade do material.
  • Espessura da camada: A cura por micro-ondas funciona melhor com camadas finas de resina. Para camadas mais espessas, pode ser necessário combinar com métodos de cura tradicional.
  • Monitoramento da temperatura: O controle da temperatura é essencial para evitar superaquecimento e bolhas na resina durante o processo.

Desvendando o Mito 10: Não existe resina epoxi UV

Resina Epóxi UV: A Revolução da Cura Rápida

A afirmação de que não existe resina epóxi UV é um mito que precisa ser desmistificado. As resinas epóxi UV representam uma inovação tecnológica que oferece vantagens significativas em termos de velocidade de cura e aplicações específicas.

O que é a resina epóxi UV?

A resina epóxi UV é um tipo especial de resina epóxi que utiliza a luz ultravioleta (UV) como fonte de energia para iniciar a reação de cura. Essa resina contém fotoiniciadores, que são moléculas sensíveis à luz UV e que, ao serem ativadas, desencadeiam a polimerização da resina, transformando-a de um líquido viscoso em um sólido resistente.

Vantagens da resina epóxi UV:

  • Cura rápida: A cura da resina epóxi UV ocorre em questão de segundos ou minutos, dependendo da intensidade da luz UV e da espessura da camada de resina. Essa característica permite maior produtividade e agilidade em processos que exigem cura rápida.
  • Baixo consumo de energia: A cura por UV dispensa o uso de calor externo, como estufas ou fornos, reduzindo o consumo de energia e os custos operacionais.
  • Baixa emissão de VOCs: As resinas epóxi UV geralmente apresentam baixo teor de compostos orgânicos voláteis (VOCs), o que as torna mais amigáveis ao meio ambiente e à saúde do usuário.
  • Excelente transparência: As resinas epóxi UV costumam ter alta transparência e brilho, sendo ideais para aplicações que exigem um acabamento estético impecável.

Aplicações da resina epóxi UV em rochas ornamentais:

  • Revestimentos e acabamentos: A resina epóxi UV pode ser utilizada para criar revestimentos protetores e decorativos em superfícies de rochas ornamentais, conferindo resistência a riscos, manchas e desgaste, além de realçar a beleza natural da pedra.
  • Encapsulamento: Peças pequenas de rochas ornamentais, como joias, pedras decorativas e amostras geológicas, podem ser encapsuladas em resina epóxi UV, preservando-as e criando um efeito visual atraente.
  • Reparos rápidos: A resina epóxi UV pode ser utilizada para reparos superficiais em rochas ornamentais, como preenchimento de pequenos riscos e lascas, com cura rápida e acabamento estético.

Considerações importantes:

  • Espessura da camada: A cura por UV é mais eficiente em camadas finas de resina, pois a luz UV precisa penetrar no material para ativar os fotoiniciadores. Para camadas mais espessas, pode ser necessário combinar a cura por UV com a cura em temperatura ambiente ou em estufa.
  • Fonte de luz UV: A intensidade e o espectro da luz UV influenciam a velocidade e a qualidade da cura. Utilize lâmpadas UV adequadas para a resina epóxi UV, seguindo as recomendações do fabricante.
  • Proteção UV: Após a cura, a resina epóxi UV pode ser suscetível ao amarelamento e à degradação pela exposição prolongada à luz solar.

Conclusão:

A resina epóxi, com sua versatilidade e capacidade de transformar rochas ornamentais, é uma ferramenta indispensável no mercado atual. No entanto, o uso eficaz dessa tecnologia requer conhecimento, cautela e a busca constante por informações precisas. Ao desmistificar os mitos mais comuns sobre a resina epóxi, este artigo buscou esclarecer dúvidas e fornecer um guia técnico e químico para o seu uso seguro e eficiente.

Principais aprendizados:

  • Segurança em primeiro lugar: A resina epóxi, embora segura após a cura, exige cuidados durante o manuseio. O uso de EPIs, ventilação adequada e o descarte responsável são essenciais para proteger a saúde do usuário e o meio ambiente.
  • Diversidade e especificidade: A escolha da resina epóxi ideal deve considerar o tipo de rocha, a finalidade do tratamento e as propriedades desejadas. Consultar o fabricante e buscar orientação profissional garantem a seleção do produto mais adequado para cada projeto.
  • Amarelamento e outros desafios: O amarelamento, a cura inadequada e outros problemas podem ser evitados com a escolha de resinas de alta qualidade, o controle da temperatura, a proporção correta da mistura e a aplicação cuidadosa.
  • Tecnologia em constante evolução: A resina epóxi UV e a cura por micro-ondas são exemplos de inovações que ampliam as possibilidades de aplicação e otimizam o processo, impulsionando o setor de rochas ornamentais.

Empoderando o profissional:

Ao desmistificar os mitos e compreender as verdades sobre a resina epóxi, os profissionais do setor de rochas ornamentais podem tomar decisões informadas, evitar erros comuns e alcançar resultados de excelência em seus projetos. O conhecimento técnico, a busca por aprimoramento e a parceria com fornecedores e especialistas são as chaves para o sucesso na utilização dessa tecnologia versátil e promissora.

A resina epóxi, quando utilizada com conhecimento e responsabilidade, é uma aliada poderosa para realçar a beleza, a durabilidade e o valor das rochas ornamentais, transformando projetos em obras de arte que encantam e perduram.

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